terça-feira, 19 de julho de 2016

Fiat Palio (3° geração/ 2004-2014)

Eis então que vamos falar de um carro que com certeza você já ouviu falar e provavelmente já cogitou em comprar, o Fiat Palio. No Brasil, as nossas quatro principais históricas marcas de carros são Volkswagen, Fiat, Chevrolet e Ford. Essas marcas marcaram o mercado brasileiro principalmente por terem modelos que se tornaram verdadeiros "populares" nas nossas garagens. Quem aí nunca teve um desses ou conhecia alguém que dirigia um carro dessas marcas. E indo mais fundo ainda, alguém que teve um Gol ou um Palio? Muita gente, muita gente mesmo. Eu por exemplo tive um Gol 1993 e sou admirador da marca alemã. Então hoje vamos falar do Fiat Palio, mais precisamente a 3° geração que perdurou durante 10 anos e cumpriu o seu objetivo, ser um carro bom e barato.

E você pode questionar: mas vai falar só da 3° geração? E as outras? O Palio é um carro que durante a maior parte da sua, até meados de 2008, havia passados por algumas transformações mas nada muito profundo. E esta geração em particular foi a que mais tempo ficou a venda e a que mais encontramos em revenda de carros atualmente. Você até pode generalizar o que ler aqui para as outras gerações, mas em breve também irei falar delas.


Interior do Palio na época do lançamento da terceira geração


Essa geração do Palio surge em 2004 e sua missão missão era substituir a geração anterior. O carro foi um sucesso de vendas porém não o suficiente para desbancar o seu arqui-inimigo Volkswagen Gol. O carro tinha até um certo requinte, muito bem acabado e com bons pacotes de equipamentos. Motores 1.0, 1.3, 1.4 e 1.8. Talvez a maior novidade dessa geração tenha sido o modelo 1.8R de 115cv e 17,8 Kgfm de torque, números muito interessantes pra época, porém pecava no consumo. Mas que era bonita, a era sim.



Apesar do sucesso, não foi o suficiente para abalar a concorrência. Em 2008 o carro passa por uma nova reestilização porém não sai de linha, continua sendo vendido como Palio Fire, uma versão mais barata. Pois é, mas tudo tem um preço. O carro perdeu o interior bem acabado e ganhou o interior da primeira geração que não ficou ruim, mas como todo "downgrade", não é era tão agradável assim. Apesar do acabamento bem simples o carro se tornou uma boa opção e acabou vendendo bem. Tinha um bom pacote de equipamentos e nesta época você ainda conseguia comprar um zero sem passar dos 30 mil reais. Depois ganhou a versão Economy e foi seguindo até o fim da sua produção em 2014.


Bom, falem bem ou falem mal, o carro ficou em linha durante 10 anos, 10 anos com poucas alterações. Isso não é pra qualquer modelo. Por isso exatamente ele é uma boa opção de usado.
O motor Fire foi um dos motivos deste sucesso. Com uma mecânica extremamente robusta, com um mercado de peças enorme, com a facilidade técnica de reparos e o baixo custo de manutenção, o motorzinho aguenta quase qualquer parada. Um cuidado, esse motor só tem um porém, a troca da correia. Muitos mecânicos que trocam correia na base da tinta não fazem a menor ideia de que este procedimento nos motores Fire exige ferramentas especiais. Então fique de olho, na hora de procurar seu Palio, procure saber se as manutenções dele estão em dia e principalmente, se o mecânico responsável usou as ferramentes devidas para colocar o motor no ponto. Motor fora do ponto pode causar desde perda de potência até eventuais quebras.

Um outro ponto bem importante é a suspensão do carro. Como todo carro popular, ela foca mais o conforto do que o desempenho. Não queira fazer curvas em alta velocidade pois se não você vai está sujeito a prováveis sustos e consideráveis acidentes. Os componentes de suspensão do Palio costumam se desgastar de maneira mais rápida que o normal por que geralmente os donos acabam não tendo o devido cuidado por causa do baixo custo de reparação, então vale a pena conferir os amortecedores e até mesmo, caso compre, trocar. Peças genuínas pra esse tipo de carro geralmente não valem a pena pois são fabricadas por marcas paralelas e revendidas na Fiat por preços mais altos. Marcas como Nakata e Cofap são muito boas em componentes para suspensões.


O interior é simples mas não desagrada. Bancos em tecido, painel de plástico e forração de porta em tecido são de ótima qualidade porém costumam encardir rápido, por uma questão de limpeza e higiene, valeria a pena investir numa higienização interna. 





Basicamente esses são os mais importantes pontos do carro. Particularmente, não considero o consumo bom, amigos já me relataram consumo de 7,5 a 8 km/L, não acho adequado para um carro 1.0. Vale lembrar que, por ser um carro usado, vai exigir mais cuidados na manutenção. Se puder, leve um mecânico para inspecionar o carro. 



Meu veredicto: vale a pena ter um destes desde que tenha uma boa condição de pagamento, um preço imperdível, um parcelamento camarada, algo do tipo. Não acho que vale a pena pagar mais do que 20 a 25 mil reais em um carro desse. Existem carros melhores. Mas se você deseja um carro bom e resistente pra trabalhar e não quer pagar muito por isso, eis aí uma boa opção. 
Se você gostou, compartilhe com seus amigos, se quiser ver outros carros, comente aí embaixo. Abraços!

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