quinta-feira, 28 de julho de 2016

Toyota Corolla (2002-2008, Brad Pitt)

Eis então que vamos falar de um carro que quero muito um dia ter porém está cada vez mais difícil encontrar um em bom estado. O Toyota Corolla, a famosa geração Brad Pitt, é sem dúvida alguma um dos melhores carros que já foram feitos pelo homem. Não só pela resistência e a mecânica inquebrável, mas pela qualidade dos materiais e pelo desempenho sem consumir demais.


Esse carro é um pouco diferente, ele não tem quase nenhum problema crônico, pois é um carro que hoje só é encontrado com altas quilometragens e por ter a fama de indestrutível, muita gente não faz a manutenção como deveria. É difícil ver alguém que tenha levado seu Corolla para a revisão na concessionária depois dos 100 mil quilômetros. O que torna a compra deste carro hoje não é o preço se suas peças ou algum defeito e sim a dificuldade em achar um em boas condições.


Vamos supor que você achou um com menos de 100 mil quilômetros. O que é preciso verificar? De imediato, os bicos injetores do carro. É comum, quase certo, que este modelo sempre precise de substituição ou manutenção nos bicos injetores entre os 80 mil e 100 mil quilômetros. Verifique também as revisões, se as mesmas estão em dia. Os fluídos são muito importantes, principalmente do câmbio automático. Os braços axiais também costumam apresentar defeitos e estes, se não forem substituídos por peças originais, provavelmente voltam a dar problema.


Porém, poucas sortudas pessoas vão conseguir achar um modelo desta forma, a maioria, tal qual eu, só vai achar modelos com mais de 100 mil quilômetros, com sorte próximo deste valor. E aí? Como fazemos? Aí meu amigo, esteja disposto a gastar por que é o mais provável e também por uma questão de cuidados com um carro mais usado. Vale lembrar que o Corolla não é um carro que se dá bem com peças paralelas, pesquise bem as marcas antes, não coloque qualquer marca se não o veículo volta a apresentar o mesmo problema, certeza. De preferência use peças genuínas.


Então quer dizer que pra eu comprar este carro vou ter que gastar um boa grana em manutenção? Sim, não só corretivamente, mas também preventivamente. É um carro que já deve ter tido mais de um dono e que cada dono deve ter rodado bastante. E mão de obra é outro detalhe, pois não é qualquer mecânico que deve mexer com esse carro. Não é uma mecânica difícil de se mexer, mas escolha um profissional que já tenha experiência com com a marca.

Versão Fielder
Hoje não vou colocar dados técnicos. Até por que já é um carro antigo e os números já não tem o mesmo efeito de antigamente. O Corolla não é um carro que você compra por causa dos números e sim por causa da qualidade e da confiança na marca Toyota. Se você gosta de trocar de carro, melhor não comprar um deste. Como é um carro que vai exigir um certo investimento, acaba se tornando um carro pra quem vai querer ficar com ele por um bom tempo.


Conforto, qualidade, robustez, economia e equilíbrio são qualidades inerentes a esse carro. Sobre o comportamento dinâmico dele, não posso falar pois nunca andei em um, mas é um carro que até hoje eu admiro e tenho muita vontade de ter. Quem sabe um dia. Veredicto: vale a pena comprar? Sim, muito, desde que tenha condições financeiras de investir na manutenção e queira ficar um bom tempo com ele. Com manutenção em dia, esse carrinho vai longe. Abraços.



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Kia Cerato 2009-2013

A Kia do Brasil sempre foi uma marca mais distante do consumidor. Apesar de oferecer bons carros, poucos emplacaram, isso por causa do seu preço e na dificuldade de manutenção, além de que, houveram uns carros com um design meio duvidoso, como a primeira geração do Cerato. Pensando nisso, a Kia resolveu trabalhar melhor nos seus carros e acabou tendo bons resultados em vendas no Brasil, isso com Sorento, Sportage, Picanto, mas nenhum deles se compara ao Cerato de segunda geração, fabricado entre 2009 e 2013 para o mercado brasileiro.

Antes


Depois



E o sucesso do modelo foi merecido. O design do exterior do carro é simplesmente magnífico com aquela frente bem esportiva e linhas agressivas, tudo combina nele. O interior do carro é tão bem-acabado que dá a impressão de ser um carro de categoria superior de tão bem-acabado e com materiais de ótima qualidade. Mecanicamente, o motor 1.6 de 126cv e 16 Kgfm de torque tinha desempenho suficientemente bom alinhado com as duas opções de câmbio, manual de 5 marchas e automático com opção de trocas manual de 4 marchas, faziam com o carro andasse bem e ainda tivesse um bom consumo, entre 9 e 11 Km/L.





E aí veio a nova geração do Cerato e não fez o mesmo sucesso que a anterior, por isso hoje vamos falar só sobre a segunda geração do modelo. Com uma alta desvalorização e uma manutenção não tão barata, será que vale a pena comprar um Kia Cerato usado?



Como todo modelo usado e importado, as maiores dificuldades que você pode ter na manutenção deste carro são a aquisição de peças e a dificuldade de mão de obra técnica. S segunda é a menos complicada, já que você pode apelar para a rede de concessionárias. Sobre a aquisição de peças, você também pode tentar comprar peças nas concessionárias, porém eles geralmente não têm em estoque e custa o olho da cara. Em uma experiência com um Kia Picanto, a manutenção saiu cara em termos de peças, porém não falharam com o prazo de entrega e entregaram tudo direitinho, além de um ótimo atendimento.

Na internet você encontra peças de fabricantes independentes com preços mais acessíveis do que nas concessionárias, mas com algumas peças um pouco “salgadas”. Segue aí alguns exemplos:






Este modelo não teve problemas crônicos, é um ótimo carro sem dúvida alguma. Provavelmente o que você deve ficar de olho é na manutenção, se as revisões estão em dias, e na suspensão, carros importados sofrem no Brasil, fora isso, tranquilo demais.









E vale mesmo a pena? Se você quiser muito esse carro e estiver disposto a gastar com ele, sim vale. Mas sinceramente, existem outras opções na mesma faixa de preço que vão lhe proporcionar quase o mesmo conforto e custando um pouco menos, como o New Civic e outros modelos da mesma categoria. Aqui mesmo no blog já falei de outros carros que podem ser mais interessantes do que o Cerato, dê uma olhada. Sobre o Koup, fica para próximos post's. Se você gostou, compartilhe com seus amigos, comnte aqui em baixo o que você achou e qual carro você quer ver aqui. Abraços!


terça-feira, 19 de julho de 2016

Fiat Palio (3° geração/ 2004-2014)

Eis então que vamos falar de um carro que com certeza você já ouviu falar e provavelmente já cogitou em comprar, o Fiat Palio. No Brasil, as nossas quatro principais históricas marcas de carros são Volkswagen, Fiat, Chevrolet e Ford. Essas marcas marcaram o mercado brasileiro principalmente por terem modelos que se tornaram verdadeiros "populares" nas nossas garagens. Quem aí nunca teve um desses ou conhecia alguém que dirigia um carro dessas marcas. E indo mais fundo ainda, alguém que teve um Gol ou um Palio? Muita gente, muita gente mesmo. Eu por exemplo tive um Gol 1993 e sou admirador da marca alemã. Então hoje vamos falar do Fiat Palio, mais precisamente a 3° geração que perdurou durante 10 anos e cumpriu o seu objetivo, ser um carro bom e barato.

E você pode questionar: mas vai falar só da 3° geração? E as outras? O Palio é um carro que durante a maior parte da sua, até meados de 2008, havia passados por algumas transformações mas nada muito profundo. E esta geração em particular foi a que mais tempo ficou a venda e a que mais encontramos em revenda de carros atualmente. Você até pode generalizar o que ler aqui para as outras gerações, mas em breve também irei falar delas.


Interior do Palio na época do lançamento da terceira geração


Essa geração do Palio surge em 2004 e sua missão missão era substituir a geração anterior. O carro foi um sucesso de vendas porém não o suficiente para desbancar o seu arqui-inimigo Volkswagen Gol. O carro tinha até um certo requinte, muito bem acabado e com bons pacotes de equipamentos. Motores 1.0, 1.3, 1.4 e 1.8. Talvez a maior novidade dessa geração tenha sido o modelo 1.8R de 115cv e 17,8 Kgfm de torque, números muito interessantes pra época, porém pecava no consumo. Mas que era bonita, a era sim.



Apesar do sucesso, não foi o suficiente para abalar a concorrência. Em 2008 o carro passa por uma nova reestilização porém não sai de linha, continua sendo vendido como Palio Fire, uma versão mais barata. Pois é, mas tudo tem um preço. O carro perdeu o interior bem acabado e ganhou o interior da primeira geração que não ficou ruim, mas como todo "downgrade", não é era tão agradável assim. Apesar do acabamento bem simples o carro se tornou uma boa opção e acabou vendendo bem. Tinha um bom pacote de equipamentos e nesta época você ainda conseguia comprar um zero sem passar dos 30 mil reais. Depois ganhou a versão Economy e foi seguindo até o fim da sua produção em 2014.


Bom, falem bem ou falem mal, o carro ficou em linha durante 10 anos, 10 anos com poucas alterações. Isso não é pra qualquer modelo. Por isso exatamente ele é uma boa opção de usado.
O motor Fire foi um dos motivos deste sucesso. Com uma mecânica extremamente robusta, com um mercado de peças enorme, com a facilidade técnica de reparos e o baixo custo de manutenção, o motorzinho aguenta quase qualquer parada. Um cuidado, esse motor só tem um porém, a troca da correia. Muitos mecânicos que trocam correia na base da tinta não fazem a menor ideia de que este procedimento nos motores Fire exige ferramentas especiais. Então fique de olho, na hora de procurar seu Palio, procure saber se as manutenções dele estão em dia e principalmente, se o mecânico responsável usou as ferramentes devidas para colocar o motor no ponto. Motor fora do ponto pode causar desde perda de potência até eventuais quebras.

Um outro ponto bem importante é a suspensão do carro. Como todo carro popular, ela foca mais o conforto do que o desempenho. Não queira fazer curvas em alta velocidade pois se não você vai está sujeito a prováveis sustos e consideráveis acidentes. Os componentes de suspensão do Palio costumam se desgastar de maneira mais rápida que o normal por que geralmente os donos acabam não tendo o devido cuidado por causa do baixo custo de reparação, então vale a pena conferir os amortecedores e até mesmo, caso compre, trocar. Peças genuínas pra esse tipo de carro geralmente não valem a pena pois são fabricadas por marcas paralelas e revendidas na Fiat por preços mais altos. Marcas como Nakata e Cofap são muito boas em componentes para suspensões.


O interior é simples mas não desagrada. Bancos em tecido, painel de plástico e forração de porta em tecido são de ótima qualidade porém costumam encardir rápido, por uma questão de limpeza e higiene, valeria a pena investir numa higienização interna. 





Basicamente esses são os mais importantes pontos do carro. Particularmente, não considero o consumo bom, amigos já me relataram consumo de 7,5 a 8 km/L, não acho adequado para um carro 1.0. Vale lembrar que, por ser um carro usado, vai exigir mais cuidados na manutenção. Se puder, leve um mecânico para inspecionar o carro. 



Meu veredicto: vale a pena ter um destes desde que tenha uma boa condição de pagamento, um preço imperdível, um parcelamento camarada, algo do tipo. Não acho que vale a pena pagar mais do que 20 a 25 mil reais em um carro desse. Existem carros melhores. Mas se você deseja um carro bom e resistente pra trabalhar e não quer pagar muito por isso, eis aí uma boa opção. 
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segunda-feira, 18 de julho de 2016

BMW Série 3 (Geração E90, 2006 - 2011)

Caros leitores, hoje trago para vocês uma opção bem interessante, principalmente pra quem quer ter seu primeiro carro "premium". Quem nunca quis ter uma BMW, um AUDI ou um MERCEDES BENZ? Acho que todo mundo. Particularmente, sempre quis ter uma BMW. Aquela aparência sempre bem esportiva me encanta demais, mas assim como a maioria dos brasileiros, ainda não estou no seleto grupo de pessoas que podem comprar uma BMW zero quilômetro. Para um grupo com poder aquisitivo um pouco menor, uma usada pode ser uma boa escolha. Eu escolhi falar da BMW 320i E90. A série 3 de motor 2.0 aspirado de 156 cv, 20,4 Kg.F.m de Torque e tração traseira.

Antes do facelift
Uma pequena introdução. a BMW 320i foi a porta de entrada da série 3 da BMW durante a maior parte do tempo enquanto geração E90. Houveram outros modelos mais simples que esta, porém a 320i é, historicamente, a versão de entrada da série 3.Portanto, não espere que mimos super tecnológicos. Freio de mão eletrônico, assistentes eletrônicos e outras parafernálias não eram tão comum em carros dessa categoria na sua época. Ar condicionado de duas zonas já era um grande.

Depois do facelift

Em termos de motor, as tradicionais fabricantes alemãs são tão boas quanto as japonesas, porém um pouco mais caras. Esse motor 2.0 de 156 cv é um 4 cilindros, diferentes do resto da linha que é 6 cilindros, porém, é mais adequado ao uso urbano e diário. Claro que uma BMW 2.0 gasta mais do que carros convencionais, mas proprietários relatam médias que variam entre 8 e 9 Km/l na cidade, o que não é nada mal para um carro deste porte. Existem relatos de motores que apresentaram queima de óleo ao passar dos 50 mil quilômetros, não é comum, mas existem casos, na hora de comprar o seu, certifique-se de verificar se o motor está fumando ou não. Vale lembrar também que este carro é importado, nossa gasolina não é tão adequada assim para ele, então vale muito a pena uma verificada no sistema de alimentação de combustível do veículo. O câmbio é de seis marchas com opções "sport" e também com opção de trocas manuais, são excelentes e não costumam apresentar problemas. Não se esqueça de olhar no manual do carros se as revisões estão em dia, se estiverem, ótimo critério a favor, se não, aí já sabe.

Traseira antes do facelift
Provavelmente o que pesa mais na manutenção desse tipo de carro importado na Brasil são os itens de suspensão. BMW é naturalmente um carro esportivo, desde suas versões de entrada. Não que sejam esportivos de alta performance, mas são carros que te passam uma sensação de esportividade, mais do que Audi e Mercedes Benz. Por isso mesmo, costumam ser carros mais duros e desconfortáveis em nossas terras de péssima pavimentação. Buchas, pivôs, batentes, coxins, amortecedores, bandejas e até barras estabilizadoras costumam ter danos antes dos 50 mil quilômetros. É uma pena, mas infelizmente, para esse carro, sempre vai exigir uma manutenção mais atenta precisa.


Traseira depois do facelift

Esse é um carro que não tem grandes problemas críticos. É um exemplo da engenharia de uma construção muito bem feita e muito resistente. A grande questão para esse carro é a manutenção. Muita gente deixa de comprar por medo de ter gastos exorbitantes e acabar até casando com o carro. Não é bem, como todo carro usado vai exigir uma certa manutenção e por ser importado vai ser mais carro sim, porém não tanto quanto você imagina. Encontrar peças não é um grande dificuldade, a rede de concessionárias BMW tem peças para todos os seus modelos com entregas em até 3 dias uteis. O preço pode ser salgado numa concessionária, mas você acha, Também não há necessidade de ficar preso a esta, existem hoje vários sites especializados em carros importados e que tem todas a peças que você imaginar, de marcas paralelas com muita qualidade que até fabricam peças para as grandes montadoras. Certa vez, a revisão de 20 mil quilômetros de um Sandero em uma concessionária custou quase 2 mil reais. Com a mesma quantia, você pode comprar inúmeras peças pela internet e fazer uma revisão bem mais completa em uma 320i como a que está em questão. Claro que uma troca de óleo, pastilhas de freio, filtros, custam mais caros, mas fazendo isso com um bom mecânico e com planejamento, saí bem mais barato do que você imagina.




Vale a pena? Sim, vale. Achando uma em bom estado e planejando bem sua manutenção, vale muito a pena. Você vai está andando em um carro com um padrão de conforto bem superior ao que carros zeros da mesma faixa de preço e bem mais estiloso também. Se puder, faça seguro, mas não acha que o valor vai valer a pena. É isso aí galera. Espero que tenham gostado, compartilhem com seus amigos, comentem aí embaixo e vamos caminhar para crescer juntos. Abraços!